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100 dias para a temida Paris-Roubaix


A Paris-Roubaix, conhecida como o "Inferno do Norte", é uma das corridas de ciclismo mais icônicas do mundo. Realizada pela primeira vez em 1896, é famosa por suas seções de paralelepípedos, terreno desafiador e histórias épicas. Vamos explorar tudo sobre esta lendária prova.


A Paris-Roubaix foi criada por dois empresários, Théodore Vienne e Maurice Perez, para promover o velódromo recém-construído em Roubaix. Desde a primeira edição, em 1896, a corrida se tornou sinônimo de resistência e superação.


O apelido "Inferno do Norte" surgiu após a Primeira Guerra Mundial, quando a região estava devastada. Os ciclistas passaram por paisagens desoladoras e aldeias destruídas, mas o termo também reflete o desafio brutal do percurso.


.A Paris-Roubaix é famosa por seus desafiadores trechos de paralelepípedos, conhecidos como "pavé", que somam aproximadamente 50 km no percurso. Alguns dos setores mais icônicos são a Trouée d'Arenberg, um dos mais temidos devido às pedras extremamente irregulares em um terreno estreito, e o Carrefour de l'Arbre, frequentemente decisivo nos quilômetros finais. A corrida termina no histórico velódromo de Roubaix, onde os ciclistas completam uma volta triunfante em um cenário carregado de emoção e tradição. Como troféu, o vencedor recebe uma pedra de paralelepípedo, símbolo do desafio superado.

A Paris-Roubaix é uma corrida que atravessa a região norte da França, conectando cidades importantes e áreas rurais em um percurso desafiador e icônico. Tradicionalmente, a prova começa em Compiègne, uma cidade localizada a aproximadamente 80 km ao norte de Paris, na região de Hauts-de-France, e termina no histórico velódromo de Roubaix, na cidade de Roubaix, próxima à fronteira com a Bélgica, também na mesma região. A distância total da corrida geralmente varia entre 250 e 260 km, dependendo do percurso definido para cada edição.


O trajeto da Paris-Roubaix passa por áreas rurais e industriais no norte da França, caracterizadas por terrenos agrícolas, florestas e pequenas vilas. Entre os setores mais icônicos estão a Trouée d'Arenberg, localizada na Floresta de Arenberg, no departamento de Nord, conhecida como uma das seções de paralelepípedos mais desafiadoras, e o Carrefour de l'Arbre, nas proximidades de Gruson, que costuma ser decisivo nos quilômetros finais da prova.


Geograficamente, a corrida ocorre na região de Hauts-de-France, abrangendo departamentos como Oise, Somme e Nord. O clima da região, temperado oceânico, é frequentemente frio e chuvoso durante o evento, aumentando ainda mais a dificuldade nos trechos de paralelepípedos. A localização estratégica, próxima à fronteira com a Bélgica, reflete a forte conexão da corrida com o ciclismo de estrada tradicional, uma paixão profundamente enraizada nessa região da Europa.

Entre os maiores vencedores da Paris-Roubaix na categoria masculina, destacam-se Roger De Vlaeminck, da Bélgica, com 4 vitórias (1972, 1974, 1975 e 1977), e Tom Boonen, também belga, que igualou o recorde com triunfos em 2005, 2008, 2009 e 2012. Além deles, outros ciclistas lendários, como Fabian Cancellara e Francesco Moser, conquistaram a prova três vezes, solidificando seus nomes na história dessa clássica do ciclismo.


A Paris-Roubaix Femmes foi criada em 2021, marcando um momento histórico no ciclismo feminino. A inclusão reflete a luta por igualdade no esporte.


Entre as maiores vencedoras da Paris-Roubaix Femmes, destacam-se Elisa Longo Borghini, da Itália, que venceu em 2022, e Alison Jackson, do Canadá, vencedora em 2023. Até 2024, a prova feminina contou com apenas quatro edições, refletindo sua recente inclusão no calendário do ciclismo profissional, mas já conquistou grande prestígio.


A Paris-Roubaix masculina, por sua vez, teve 120 edições até 2023, consolidando-se como uma das provas mais icônicas do esporte. Contudo, não foi realizada em períodos marcados por conflitos e crises: entre 1915 e 1918, devido à Primeira Guerra Mundial; de 1940 a 1942, durante a Segunda Guerra Mundial; e em 2020, quando foi cancelada por conta da pandemia de COVID-19.


O percurso da Paris-Roubaix é caracterizado por cerca de 30 setores de paralelepípedos que variam em dificuldade e extensão, classificados de acordo com um sistema de estrelas que vai de 1 a 5. Apesar de não contar com subidas significativas, o terreno irregular e técnico compensa pela dificuldade, tornando a prova um verdadeiro teste de resistência e habilidade para os ciclistas.


A Paris-Roubaix é uma celebração da resistência humana, do caos controlado e da tradição. É uma corrida onde não apenas os mais rápidos, mas também os mais resilientes, triunfam.

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