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Andar de bicicleta no trânsito é seguro? Veja 5 passos para dizer sim


A coisa mais frequente que as pessoas me perguntam, ao saberem que sou ciclista urbano, é: "Você não tem medo de pedalar nas ruas do Rio?" Em seguida à minha negativa, emendam: "Mas não é perigoso?"

É, sim. Mas pergunto de volta: o que não é no trânsito?

Verdade que na bicicleta a gente não está protegido por uma carapaça de aço, como nos carros. Mas nem por isso preciso ficar sem pedalar. Aprendi com o tempo alguns segredos para reduzir os riscos. Tudo gira em torno do casamento prudência e atenção:

1 - Ligue-se na Lei de Murphy

Edward Murphy era engenheiro aeroespacial, nada a ver com bicicletas, portanto. Mas a máxima que nasceu de sua observação, de que "aquilo que pode dar errado dará", vale muito no dia a dia do pedal. Fico sempre preparado. Na verdade, é se antecipar a uma possível coincidência infeliz. Olhar para todos os lados e usar todos os seus sentidos ajuda muito. Na hora que você passa, bem naquele cantinho, é que o pedestre distraído vai andar para trás ou em zigue-zague; ou que o motorista vai resolver parar e (socorro!) abrir a porta de repente; ou que outra bicicleta escolherá para também passar, e na contramão. A Lei de Murphy está sempre a postos. Seja sagaz e previna-se: conte sempre com o inesperado e com a possibilidade de ter que agir para evitar um acidente.

2 - Sinalize com antecedência

Juro que faz diferença. São dez anos na pista, e esta é uma lição que tirei das mais verdadeiras. Sinalizar o que quer fazer, com os braços, desperta a boa vontade do motorista. Ele respeita mais quem faz isso, passa a considerar como um veículo. Não quer dizer que só sinalizar resolve tudo. Tem que dar o sinal e aguardar a reação. Mas facilita muita coisa.

3 - Seja defensivo, pressa não combina com bike A educação e o bom comportamento que nós ciclistas tanto exigimos dos outros atores do trânsito têm que estar na nossa garupa, junto com a gente na bicicleta, o tempo todo. Sair por aí feito louco, costurando, rabiscando, disputando espaço com carros e pedestres expõe a gente e todo mundo ao risco. E mesmo sem barbarizar assim, ninguém precisa pedalar como se estivesse disputando o Tour de France roda a roda com o Chris Froome ou o Nairo Quintana, né? Pedalar no trânsito é diferente de treinar. Treino é adequado em vias e horários destinados a ele. Para que pressa? A bicicleta já é suficientemente ágil e prática para te levar ao teu destino em menos tempo.

4 - "Olho no lance", diria o narrador Silvio Luiz

Você não pode ter nada distraindo sua atenção ao pedalar no trânsito. Foco total, garoto. Foco total, garota. Olhe para frente, vigie atrás, perceba as laterais. E, em cidades com asfalto como o do Rio de Janeiro, não esqueça de tomar conta dos buracos no chão . Dois deles já me derrubaram porque me distraí. Ah, e, por favor, não use celular enquanto pedala. Nem o "inocente" fone de ouvido, ok?

5 - Tem ônibus na via? Busque o outro lado

Sem querer fazer do motorista de ônibus o grande vilão, até porque não é. Mas o tamanho mega do monstro que ele conduz é motivo bastante para nos fazer ficar longe. Ciclistas não são obrigados a seguir só pela direita, e sim pelos bordos da via (os lados, o que inclui a esquerda). Se você vai pegar uma rua com muito movimento de ônibus, prefira o lado oposto ao deles. E não entre em curvas junto com ônibus, não confie naquela cauda enorme, que pode varrer você e sua bicicleta mesmo que a maior parte do gigante pareça já estar lá na frente. Deixe que o ônibus siga o caminho dele, vá depois. E não se meta a tentar passar entre eles, mesmo que estejam parados. O ponto cego do retrovisor pode impedir o motorista de ver você. Já pensou se ele arranca exatamente na hora em que você estiver ali, espremido entre dois trambolhos (olha a Lei de Murphy aí)?

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