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Bicicleta elétrica, vale a pena ter uma?


No meu caso, sim. Mas não se satisfaça só com essa parte da resposta. Calma. Tudo vai depender de que uso você pretende para ela. E do quanto estiver consciente das vantagens e desvantagens. Porque há os dois lados da moeda, claro.

POR FALAR EM MOEDA

Não é barato. Dependendo da marca e do modelo, você vai precisar investir mais ou menos, e aqui não vamos tratar de marcas e modelos. O preço mais em conta sai por volta de R$ 1,5 mil. Os modelos mais procurados giram em torno de R$ 2,5 mil ou R$ 3 mil. Mas tem até de R$ 15 mil ou R$ 20 mil.

O QUE FAZER COM ELA?

Andar, ué. Certo, mas a minha pergunta não é tão bobinha quanto parece. Você precisa ter muito claro o uso que pretende dar à sua bike elétrica. Veja o meu caso: tenho uma há mais de 4 anos (a da foto aí abaixo). Que só durou esse tempo todo, com a mesma bateria até hoje, porque sempre a utilizei pouco, praticamente como uma reserva de luxo. A titular, meu meio de transporte principal, é outra bicicleta, uma convencional. A elétrica uso de vez em quando, basicamente para ir ao supermercado (é otima para compras, porque tem bagageiro, e amarro nele uma mochila carregada de coisas, além de levar outra nas costas). Comprei a bike elétrica para dar carona aos meus filhos, que na época eram pequenos, e os levava ao curso de inglês ou ao treino de futebol. Tudo pertinho de casa. Neste caso, é um conforto. Ela serve muito também para aqueles dias de preguiça monstra de pedalar, ou para quando você não pode chegar suado ao seu compromisso, ou não terá onde tomar banho e trocar de roupa. Ela é ágil, leva você sem cobrar gotas de suor ou deixar sujo.

LADEIRA? NÃÃÃO!

Um amigo que mora numa rua de aclive (ladeira acima, portanto) me perguntou se eu achava uma boa ele ter uma bike elétrica. Tirei rápido a ideia da cabeça dele. Ladeira é perrengue. Dependendo da inclinação, você vai ter que empurrar. Melhor usar uma bike normal e ir vencendo aos poucos a pequena montanha, porque aí você aproveita e ainda faz exercício. E se ligue: a maioria dos fabricantes promete 30km de autonomia para a bateria. Dê sempre um desconto: pense em 25, talvez 26. Se a distância a percorrer no seu dia for maior do que isso, somando ida e volta, não vale a pena. Até porque para recarregar a bateria toda, partindo do zero, são necessárias de duas a três horas.

MANUTENÇÃO, PEÇAS... DIFÍCIL

É complicado achar quem mexa em bicicletas elétricas. A maioria dos mecânicos, para não dizer quase todos, não aceita tocar. Você precisa das autorizadas. E aí é que pode morar o problema. Veja meu caso: tenho uma Dafra DBL. Quando comprei, havia uma loja pertinho de mim, na Tijuca, e outra no Centro. Um ano depois, já não existia manutenção nessas lojas. Na hora da revisão, não achava onde deixar a bike. Batalhei muito pra encontrar, na web, alguém que pudesse mexer. Se for comprar, pesquise bem sobre a marca e sobre onde, quando e como fazer a revisão. Pergunte também sobre peças de reposição, acessórios. Com o tempo, a minha foi ficando sem lanterna dianteira, buzina e proteção de plástico para a corrente. E não encontro onde comprar o que preciso.

DISPA-SE. DOS PRECONCEITOS

Calma, não precisa tirar a roupa, como o pessoal aí do World Naked Bike Ride, em Londres. É preciso despir-se das ideias pré-concebidas. E também do valor que se dá ao que os outros vão pensar. A maioria dos ciclistas torce o nariz para a bike elétrica. E as vê com desdém (galera, o que eu já sofri de bullying quando contei que tinha uma, ninguém imagina...). Só porque elas não fazem suar. Bobagem. Não ligue para isso, não pense assim. Numa cidade quente como o Rio de Janeiro, é uma opção prática e confortável de transporte para pequenas distâncias. Se seu propósito é fazer exercício, fique longe dela, claro. Mas se é se deslocar sem se cansar ou transpirar, ok. Vá em frente. A bicicleta elétrica pode ser uma boa solução. Desde que você tenha atenção no trânsito e respeite direitinho as leis da boa convivência. Mas essa regra vale para todos, né? Tanto para ciclistas que só contam com o próprio fôlego quanto para os que recebem aquela ajudinha da eletricidade.

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