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Brasileiro pedala e acumula altimetria equivalente ao Everest em 24h


Fred e a sua marca no GPS / Carol Penna

O ciclista Frederico Costa Pinto, 44 anos, professor universitário e cientista, pedalou morro acima com uma altimetria acumulada que ultrapassa o equivalente ao Monte Everest, a montanha mais alta do mundo com 8.848m acima do nível do mar. O feito inédito do ciclista brasileiro aconteceu em estrada de terra e equipado com uma Specialized Diverge Expert, uma estradeira aventureira feita para qualquer condição de terreno.

Após uma tentativa frustrada na terra no mês de janeiro, Fred voltou para as montanhas de São Francisco Xavier (SFX), cidade situada na Serra da Mantiqueira, interior de São Paulo, para concluir seu desafio Everesting.

- A região inteira é linda e cheia de montanhas e serras. SFX é pequena, pacata e turística. A estrada que escolhi é a via direta entre SFX e Joanópolis. A estrada é favorável por ser razoavelmente constante de inclinação (apesar de ter trechos que pulam dos ~ 5% médios para 14%) e muito coberta de árvores. Isso ajuda demais a evitar muito calor durante o dia. Fiz um reconhecimento de alguns locais em potencial há alguns meses e esse foi o que encontrei como mais ideal -.

O Everesting é um desafio de subida, tanto faz se curta ou longa, inclinada ou suave. Subir e descer. Repetir até que o ganho vertical acumulado seja igual à elevação do Monte Everest. Pode ir no ritmo que quiser, só não vale dormir. Confira a aventura no Strava.

- Em comparação com Everesting em asfalto (em que Fred completou duas vezes), posso dizer sem sombra de dúvida que não há comparação de dificuldade. Terra é imprevisível, cansa muito mais pelo arrasto do pneu de cravo e a descida cansa tanto quanto a subida (sinceramente, eu descia querendo que acabasse logo e começasse a subir de novo). Apesar de eu pegar lama no começo e pedras no final, estava muito mais fácil de manter o ritmo previsto. O maior desafio, como sempre, é vencer a solidão (em especial no meio da noite, no meio das árvores, escuro e sombras que, com o cansaço, pregam peças e ilusões visuais) e a sensação de falta de propósito que pode bater -, descreve Fred que fez a subida 9 vezes.

Fred em mais uma subida / Carol Penna

- Tenho certeza que uma bike do estilo da Diverge (adventure, gravel, all-road ou como quiserem chamar) é muito melhor para isso que mountain bikes. Apesar de perder um pouco de velocidade na descida por ser um quadro sem suspensão, estou muito acostumado com a geometria de bicicletas com rodas aro 700 e acho muito confortável a postura do guidão drop. Certamente não conseguiria subir tão rápido e com eficiência. O modelo Expert é levíssimo, inteira em carbono (FACT 10r) e com freios a disco hidráulico, precisos, com ótima modulação e confiáveis mesmo na lama. Enfim, não resta dúvida que foi a escolha perfeita para isso – acrescenta.

Fred e sua pedalada solitária / Carol Penna

Apesar de superar o mega desafio, Fred é um cara normal que concilia a rotina de trabalho, família e o amor pelo ciclismo.

- Sou professor universitário e cientista na USP. Moro bem perto da USP, durante a semana vou treinar cedo e depois sigo direto para o trabalho. Uso bicicleta como meio de transporte há décadas. Para tudo como trabalho, família, filhos e etc manter uma rotina requer organização e dedicação, mas não é impossível -, relembra Fred, que dá aula de sabedoria após completar o desafio que acumulou dados impressionantes:

Números do Everesting

23h34m19s em movimento

374,9km de distância total

9.199m acumulados.


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