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Ônibus e bicicleta não precisam se odiar, ensinam 'motoristas do bem'


Na bicicletada pela paz no trânsito, que rolou no mês passado, no Rio de Janeiro, os rodoviários Humberto Ramos (à esquerda), da Viação Redentor, e o xará Humberto Brito, da Viação Futuro, foram homenageados pelo comportamento civilizado em relação aos ciclistas. Batemos um papo com eles, e os dois motoristas do bem falaram da importância de as pessoas tentarem se colocar nos lugares das outras para entender as dificuldades de cada uma e, assim, ser mais tolerantes, por uma convivência mais pacífica nas ruas. Ambos discordam da visão geral de que motoristas de ônibus são vilões no trânsito, e pedem mais compreensão. As dimensões do veículo são desafiadoras, dizem, assim como a missão de trabalhar não só ao volante, mas, também, contando dinheiro, em lugar do trocador.

O que você acha da opinião geral de que os motoristas de ônibus são agressivos e perigosos ao volante?

Humberto Ramos: É exagerada, o ônibus é um veículo com 12 metros de comprimento, e tem muito ponto cego. O motorista muitas vezes não está vendo o ciclista no retrovisor, e precisa, sim, de atenção redobrada.

Humberto Brito: Hoje o motorista não é só motorista, é também cobrador, e isso tira um pouco de atenção ao volante. Quando se fala em educação, não é só no trânsito, é dentro do seu ônibus. Então ali, quando alguém (algum passageiro) vem falar alguma coisa com você, o certo é parar o ônibus. Mas as coisas acontecem de repente. No momento da pergunta do passageiro, ou mesmo de dar um troco, é o momento de o ciclista surgir. E isso pode às vezes até acarretar num acidente.

É complicada a convivência entre bicicleta e ônibus?

Ramos: Não, mas a bicicleta está no trânsito cada vez mais, temos que preservar bem a distância para o ciclista, que é de 1,5m a 2m. E, dependendo da velocidade (do ônibus), pode ter um impacto muito grande, com o deslocamento de ar, para derrubar o ciclista.

Brito: É o que se diz, gentileza gera gentileza. O princípio maior para o rodoviário é ter paciência, a paciência no trânsito é tudo.

Qual o segredo para ser um rodoviário amigo dos ciclistas?

Ramos: Dedicação ao que faz, respeitar as leis do trânsito e preservar a vida do próximo.

Brito: Tem que ter paciência e educação, respeito com o próximo.

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