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World Cup MTB XCO – Val di Sole (Itália) e Vallnor (Andorra) por Raiza Goulão


Raiza Goulão em ação na Europa / Armin M. Kustenbruck

Após quase três semanas de treinamentos na altitude, em Sierra Nevada, na Espanha, tive a certeza de que consegui fazer uma preparação muito boa para a sequência de provas da Copa do Mundo UCI de Mountain Bike, em Val di Sole, na Itália, e em Vallnord, em Andorra. Estive sempre acompanhada de meu treinador, ictor Rielves. Diariamente mantivemos contato visando obter os melhores resultados possíveis nestas duas competições.

De Sierra Nevada, fiz uma prova ainda na Espanha antes de partir para a Itália. O intuito era apenas pegar ritmo, já que não era uma competição com pontuação no ranking UCI. Logo na sequência, parti para Val di Sole, onde seria realizada a Copa do Mundo da Itália, entre os dias 6 e 8 de julho, para os atletas do Cross Country. Chegando lá, fui treinar na pista e logo no primeiro treinamento tive uma queda para a qual, no exato momento, não dei atenção; achei que fosse uma queda tola e continuei treinando.

Entre o final da tarde e o começo da noite, senti muitas dores. Acabei não percebendo no momento, mas bati bem forte meu joelho direito. Mais tarde fui reparar melhor e percebi que cheguei até a amassar meu capacete, ou seja, a pancada foi bem forte. Mal conseguia andar de noite e meu joelho ficou inchado. Era como se coxa e joelho fossem um só. Foi ali que me preocupei e tomei remédios e tive todo o suporte do fisioterapeuta da minha equipe, com compressão, acupuntura e gelo. O inchaço não diminuía e foi preciso fazer uma drenagem após um treino na manhã seguinte, já que realmente não estava bem. Foram retirados 50 ml de sangue do local, o que demonstrou a seriedade do problema.

Aquecendo para encarar os desafios - Armin M. Kustenbruck

No domingo, dia da prova do cross country olímpico (XCO), em Val di Sole, eu ainda estava mancando. Ou seja, a queda fez total diferença na minha performance. Sentia-me vazia. O corpo tirou energia de outros lugares para recuperar a inflamação e não fui bem na prova, sendo cortada nos 80%. Algo raro para mim na Copa do Mundo na atualidade, e bem frustrante, porém aquela era a realidade do momento. Atletas de alto desempenho sempre estão suscetíveis a passar por isso.

Viajamos para Andorra fazendo conexão em Toulouse, na França. Lá em Vallnord, optei por procurar um médico, mas no pronto socorro apenas avaliaram que não havia necessidade de exames. Assim segui na fisioterapia e já me sentia melhor. Foram oito dias tomando remédio (Ibuprofeno) o que acaba atrapalhando sua performance. Decidi fazer o short track em Vallnord para ganhar um pouco de ritmo, consciente de que meu corpo não estava ainda 100% recuperado. Senti muito incomodo no joelho logo após a prova e estava difícil até de pedalar no rolo. Fiz gelo em seguida, visando à recuperação.

No domingo entrei na pista para disputar o XCO muito motivada. Minha intenção era uma única, a de fazer o melhor e lutei do início ao fim na prova. Fiz uma ótima largada, mas na altitude temos que respeitar o corpo. Acabei me afogando na segunda volta, mas tive forças para terminar em 30o lugar. Devido a todas as circunstâncias, levando consideração a lesão de dez dias antes, acredito que foi um resultado aceitável dentro das minhas condições de momento.

Agora, volto ao Brasil, onde vou defender minha camisa de campeã brasileira e o atual tricampeonato nacional da elite feminina. A competição será realizada em São Paulo, no Lar Nossa Senhora Aparecida, em Parelheiros. Logo em seguida, vou ao Canadá onde ficarei hospedada na casa da Jaqueline Mourão. Desde já agradeço a ela por toda a hospitalidade e por me acolher mais uma vez.

Andar com fé eu vou porque a fé não costuma falhar! #TIMERAIZA

Raiza Goulão

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