Indústria de bicicletas apresenta 20% de crescimento em Maio
Em maio a produção das fabricantes de bicicletas instaladas no Polo Industrial de Manaus – PIM atingiu 73.299 unidades, alta de 20,1% na comparação com o mesmo mês do ano passado (61.020 unidades). Segundo dados da Associação Brasileira dos Fabricantes de Motocicletas, Ciclomotores, Motonetas, Bicicletas e Similares – Abraciclo, esse foi o melhor resultado alcançado para o mês desde 2012. Naquela ocasião, foram fabricadas 70.771 unidades. A produção de bicicletas nos primeiros cinco meses do presente ano atingiu a marca de 332.721 unidades, alta de 18,4% ante o mesmo período de 2018 (281.089 unidades).
No desempenho de maio em relação a abril, no entanto, houve redução de 3,1% (75.680 unidades). Esse recuo não afeta o desempenho do setor que continua aquecido de forma sustentável. Cyro Gazola, vice-presidente do Segmento de Bicicletas da Abraciclo, afirma que indústria está em constante evolução e que trabalha para atender às expectativas de clientes que buscam cada vez mais bicicletas que entregam eficiência, qualidade e segurança, como as equipadas com quadro de alumínio, suspensão, freios a disco e sistema de marchas, entre outros itens de maior valor agregado”, diz.
Também contribuem para elevação da produção, na avaliação de Gazola, o aumento da oferta de crédito e o crescimento da malha cicloviária nas médias e grandes cidades brasileiras. Com isso, a Abraciclo confirma a projeção de fechamento do ano com 857 mil bicicletas produzidas no PIM, volume 10,8% superior ao registrado no ano passado.
Em maio, a Mountain Bike foi a categoria mais produzida no PIM, com 35.268 unidades, alta de 34,8% na comparação com o mesmo mês do ano passado (26.170 unidades), mas com redução de 16,7% em relação a abril (42.344). Em segundo lugar, ficou a Urbana, com 28.609 unidades, correspondendo a um recuo de 0,2% ante as 28.672 unidades fabricadas em maio de 2018 e alta de 10,3% em relação a abril (25.935).
Na sequência do ranking, em terceira posição ficou a categoria Infanto-Juvenil, que somou 8.886 bicicletas, aumento de 55,3% na comparação com maio de 2018 (5.720 unidades) e de 30,4% em relação ao mês anterior (6.817 unidades). A Estrada obteve a quarta posição no ranking, com 497 unidades, volume 8,5% superior ao registrado no mesmo mês do ano passado (458 unidades), mas 3,9% inferior ao resultado alcançado em abril (517 unidades). A categoria Elétrica, que passou a ser incluída no ranking mensal da Abraciclo este ano, somou 39 unidades, recuo de 41,8% na comparação com o mês anterior (67 unidades).
Essas posições foram praticamente mantidas no ranking do volume acumulado do ano. A Moutain Bike teve 54,7% de participação, com 181.942 unidades. Em segundo lugar, ficou a Urbana, com 34,2% e 113.838 unidades, seguida pela Infanto-Juvenil, com 9,9% e 32.838 unidades, pela Estrada, com 0,9% e 3.059 unidades, e, finalmente, pela Elétrica, com 0,3% e 1.044 unidades.
Confira a seguir as características básicas das bicicletas de cada categoria:
Urbana/Recreacional – caracterizada pelas bicicletas projetadas para mobilidade urbana ou recreação fora da terra. Para isto, oferecem maior conforto, com posição de pedalar mais confortável, amortecimento frontal ou não, pneus slick (com banda lisa) e semi-slick (banda com cravos bem baixos ou desenhos), para-lamas ou não e luzes de segurança.
Mountain Bike (MTB) – bicicletas destinadas ao público adulto, geralmente com aros de 26 a 29 polegadas, quadros full-suspension e/ou amortecimento frontal. Ideais para o uso em trilhas e terrenos acidentados.
Estrada – bicicletas com aro de 700 milímetros, pneus estreitos slick e quadro e garfo sem amortecimento. Destinadas às modalidades de performance no asfalto.
Infanto-Juvenil – bicicletas destinadas ao público de oito a 15 anos, nas quais o tamanho do aro varia entre 20, 24 e 26 polegadas.
Elétrica – inclui bicicletas com aros de 20 até 29 polegadas, de uso urbano/recreacional e mountain bike (MTB), que atendem às determinações da Resolução nº 465/2013 do Conselho Nacional de Trânsito – Contran, a saber: potência máxima de 350 watts, funcionamento do motor somente quando o condutor pedala (tipo Pedelec), não dispõem de acelerador ou de qualquer outro dispositivo de variação manual de potência e têm velocidade máxima de 25 km/h, com corte do funcionamento do motor a partir desta aceleração.
Os volumes de bicicletas produzidas no PIM, entre os meses de janeiro a maio deste ano, foram distribuídos para comercialização nas seguintes regiões do País: Sudeste, com 56,4% das unidades; Sul, 15,9%; Norte, 11,1%; Nordeste, 10,8% e Centro-Oeste, 5,8%.
Em maio, foram importadas 2.697 bicicletas em todo o território nacional, de acordo com dados do portal de estatísticas de comércio exterior Comex Stat analisados pela Abraciclo. Pelo levantamento, o maior volume veio da China (48,6% de participação, com 1.311 bicicletas). Na sequência, vieram Portugal (23,6% e 636 unidades) e Taiwan (22,1% e 595 unidades).
Ainda de acordo com esses dados, de janeiro a maio deste ano foram importadas 20.737 bicicletas, volume 46,2% inferior ao registrado no mesmo período de 2018 (38.558 unidades). A China também lidera este ranking, com 15.625 unidades e 75,3% de participação, seguida por Taiwan (2.630 unidades e 12,7%) e Portugal (1.493 unidades e 7,2%).
Em relação às exportações, também a partir de dados do portal Comex Stat analisados pela Abraciclo, foram embarcadas 2.510 bicicletas em maio. A Argentina foi o principal destino destas exportações, com 2.114 unidades, correspondendo a 84,2% de participação. Em seguida, vieram o Chile (256 unidades e 10,2%) e os Estados Unidos (128 unidades e 5,1%).
No volume acumulado do ano, foram embarcadas 7.854 unidades, representando um salto de 163,4% ante as 2.982 bicicletas exportadas no mesmo período de 2018. A Argentina foi o principal destino, com 3.650 bicicletas e 46,5% de participação. Em segundo lugar ficou o Chile, com 1.748 unidades e 22,3%. O Paraguai foi o terceiro colocado entre os principais destinos, com 787 unidades e 10% de participação.