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Brasil Ride: apenas 5 ciclistas participaram das 10 edições


Raquel Gontijo na Brasil Ride de 2011  (Fabio Piva / Brasil Ride)

Pelo décimo ano consecutivo, a Bahia viverá dias inesquecíveis de muita ação e adrenalina, com a realização da Brasil Ride, entre os dias 20 e 26 de outubro. Pelo quarto ano seguido, o Extremo Sul da Bahia será o palco do evento, com sedes em Arraial d'Ajuda, em Porto Seguro, e na Vila Brasil Ride, em Guaratinga. Para cinco ciclistas, o evento terá um gosto ainda mais especial. A mineira Raquel Gontijo, a alemã Ivonne Kraft, o suíço Lukas Kaufmann, o paulistano Gustavo Astolphi e o brasiliense Weimar Pettengill têm em comum o fato de terem competido nas nove edições do evento. Eles estiveram na Chapada Diamantina em 2010, ano de estreia da prova, e seguiram disputando anualmente a ultramaratona. Faça calor ou frio, sol ou chuva, o quinteto sempre esteve competindo na Brasil Ride. Assim, aqueles que participarem da edição de 2019, seguirão nesse time especial. O início nas provas por etapa - Raquel Gontijo conheceu Mario Roma, o fundador da prova, em uma competição na América do Sul e começou a disputar a Brasil Ride e descobriu que o seu lugar eram os desafios do endurance no mountain bike. "A história da Brasil Ride coincide com a minha como atleta de mountain bike. Conheci o Mario na minha primeira ultramaratona, há mais de dez anos, no Chile, e foi quando ele me contou a ideia dele de fazer a prova. Eu ainda não tinha muita noção do que era uma ultra e foi a partir da edição de 2010, o maior de todos os desafios, porque foram dias com 24 horas de chuva, é que me identifiquei com essa modalidade, de endurance e provas de longas distâncias", conta Raquel Gontijo. "Posso dizer que me sinto honrada em fazer parte desse seleto grupo. Nós vamos evoluindo como atletas e a prova também. Conheci pessoas importantes na minha vida pessoal e diversos ciclistas que encontro em outras competições. O slogan 'mais do que uma prova, uma etapa da sua vida' valerá pela décima vez para mim. Nunca sabemos o que vai acontecer. É sempre uma nova aventura", completa Gontijo.

Ivonne Kraft (esq.) na Brasil Ride 2014  (Pedro Cury / Divulgação)

Já a alemã Ivonne Kraft tem na Brasil Ride o seu momento de férias no ano, quando pode viajar para a Bahia e desfrutar de dias inesquecíveis em cima da bike. Para ela, esse é o ponto chave. "O Brasil Ride é como uma semana de recuperação em cima da bicicleta para mim. Faço o que realmente gosto, pedalar com minha dupla, ou seja, lá você nunca está sozinha. Durante o período no Brasil, não tenho que me preocupar com a ligações telefônicas a cada segundo, como é durante o trabalho", destaca Ivonne. "Lá posso andar de bicicleta por diversão, com muitos outros ciclistas e vários amigos por perto, seguindo o mesmo caminho. Você não pensa nas obrigações do dia a dia, apenas em pedalar e divirtir-se em cima da sua bike. O mundo do trabalho na Alemanha é cinza. Sem rir, sem brincar. No Brasil, muitas pessoas estão cheias de amor e compartilham esse sentimento bom que elas têm, sou muito grata por ter tantos amigos brasileiros", finaliza a alemã.

Lukas Kaufmann em vitória no prólogo da Brasil Ride 2015  (Ney Evangelista / Brasil Ride)

Suíço radicado em Belo Horizonte (MG) e hoje naturalizado brasileiro, Lukas Kaufmann recebeu o convite para o evento há algumas semanas de sua estreia. No entanto, não pensou duas vezes e aceitou na hora participar da prova. Não só pela curiosidade, mas também porque nunca havia competindo em corridas por etapas. "A Brasil Ride foi o gatilho para crescer o mountain bike no Brasil. Foi o início do crescimento do esporte aqui e o País é agora um dos que mais tem provas contando pontos internacionais. Não é à toa que a Brasil Ride é um dos maiores eventos do mundo, com várias etapas na temporada", avalia Kaufmann. "É uma coisa muito especial estar entre esses cinco que estiveram em todas as Brasil Ride. Esse evento para mim é marcante na minha carreira e na trajetória da minha vida. Me mudei para o Brasil porque fiquei encantado quando vim em 2010. Não é só uma prova, mas vai além disso. Desde sempre foi uma competição que me acolheu bem. Tanto a família do Mario Roma como a organização como um todo. Carinhosos, receptivos e isso me encantou tanto. Estou feliz de poder participar novamente neste ano", comenta.

Guto mostra o número de edições completadas  (Wladimir Togumi / Brasil Ride)

Vários momentos estão presentes na memória de Gustavo Astolphi, ou simplesmente Guto. Em 2010, sua loja foi parceira da Shimano no Suporte Neutro do evento, marca que até hoje patrocina a Brasil Ride. Dez temporadas depois, ele lembra os mínimos detalhes de como foi a edição de estreia. "Lembro da Shimano com os Blue Angels, trabalhando em parceria com a minha loja, a Pedal Urbano. Vendemos 600 pares de pastilha e até pedimos para o Roberto Boldrin, o Alemão, que trabalhava na Shimano, vir de São Paulo com mais pastilhas que racionávamos entre as duplas entregando uma pastilha para cada atleta, senão, ninguém teria freio. Isso revisando bicicletas até as 4 ou 5 horas da manhã", conta Guto. "Me recordo de cruzar a linha de chegada no último dia, em 2010, aliviado e chorar igual criança que havia acabado a prova mais difícil da vida. Algo não me parecia normal. Eu não era mais eu mesmo. E isso eu vi nos anos seguintes. A Brasil Ride me mudou, foi uma etapa na minha vida e virou uma etapa da minha vida", diz Guto. "Me sinto muito privilegiado, afinal é um clube bem exclusivo, né? Dez anos da maior ultramaratona das Américas não é pouca coisa. É a prova que eu mais espero todo ano e olha que a competição está cada vez mais acirrada com eventos muito bons no Brasil e no mundo, mas correr 'em casa', em uma competição que atletas do mundo todo consideram duríssima física e psicologicamente, com amigos antigos e novos que ganhamos todo ano, isso só na Brasil Ride mesmo", relembra o paulistano.

Weimar Pettengill  (Divulgação)

O jornalista Weimar Pettengill conheceu Mario Roma quando fazia uma entrevista com o fundador da Brasil Ride na Rádio CBN, de Brasília, na época da Copa 100k de Ciclismo. Durante o bate-papo, Roma fez o convite para que Weimar disputasse a competição inédita. Meses depois, o que para ele era apenas ideia passageira virou uma convocação. "Recebi um telefonema de alguém da organização pedindo que eu confirmasse minha dupla, faltando cerca de um mês para a Brasil Ride. Eu perguntei como seria a competição e a pessoa me informou que eram 600 km no total. Não imaginava que aquilo fosse verdade, mas a lábia de quem me telefonou era tão boa, que logo desliguei o telefone e procurei um parceiro", recorda Weimar. "É um feito competir em todas edições. A máxima do evento entrou na minha vida no primeiro ano e passou a fazer parte para sempre. A temporada começa já mirando a Brasil Ride. O slogan é a mais pura verdade. É mais que uma etapa. Eu diria que o evento baliza o meu ano em termos pessoal, profissional e esportivo. Eu moldo minha vida em torno da ultramaratona. Sei que em outubro não posso marcar nada porque tenho compromisso. Sei que meu trabalho tem que estar em função da prova e meus treinos têm que melhorar conforme se aproxima a data. Enfim, é um marco na minha vida', enaltece o brasiliense. As inscrições para a décima edição da ultramaratona ainda estão abertas. Para garantir uma vaga, basta acessar o site da Brasil Ride: www.brasilride.com.br, onde estão disponíveis todas as informações sobre a competição, ou então, diretamente pelo link de inscrição do site Sprint: https://app.sprinta.com.br/event/305535ba5255638219.

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