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Industria da bicicleta bate recorde com mais de 116 mil unidades produzidas


Bicicleta urbana feita no PIM/ Divulgação

A produção das fabricantes de bicicletas instaladas no Polo Industrial de Manaus – PIM atingiu 116.301 unidades em outubro. De acordo com dados da Associação Brasileira dos Fabricantes de Motocicletas, Ciclomotores, Motonetas, Bicicletas e Similares – Abraciclo, foi o melhor resultado para o mês desde 2011 (91.487 unidades). Com isso, a região consolida sua posição como o maior centro gerador de bicicletas entre todos os países do Ocidente, ficando atrás apenas da concentração fabril que ocorre no Sudeste Asiático.

Para Cyro Gazola, vice-presidente do Segmento de Bicicletas da Abraciclo, o recorde entre todos os meses de outubro da presente década reflete o acentuado crescimento da demanda nacional pelas bicicletas de médio e alto valor agregado fabricadas no Polo de Manaus. “Para atender a essa forte demanda dos ciclistas brasileiros, as fabricantes do PIM ampliaram a produção em outubro visando o abastecimento constante dos pontos de venda com volumes suficientes para a evolução dos negócios típicos de final de ano, estimulados pelo Black Friday, Natal e também pela disponibilidade de recursos gerada pelo pagamento do 13º salário aos consumidores”, afirma.

Segundo dados da entidade, o volume atingido é 29,8% superior ao registrado no mesmo mês do ano passado (89.609 unidades) e de 4,9% maior em relação a setembro (110.895 unidades).

No acumulado do ano, foram fabricadas 820.040 bicicletas no PIM, volume 22,7% maior ante as 668.058 unidades registradas no mesmo período de 2018. O volume atingido já superou a produção total do ano passado (773.641 unidades) e está muito próximo da projeção anual da entidade, que é de produzir 857 mil unidades no PIM em 2019.

RESULTADOS POR CATEGORIA

Em outubro, a categoria mais produzida foi a Mountain Bike (MTB) com 51.818 unidades. O volume representa aumento de 38,8% na comparação com o mesmo mês de 2018 (37.328 unidades) e de 19,2% em relação a setembro (43.471 unidades).

A categoria Urbana ficou na segunda posição, com 39.084 bicicletas, representando uma alta de 1,8% em relação outubro do ano passado (38.402 unidades). Comparada com setembro houve queda de 17,2% ante as 47.204 unidades fabricadas naquele mês.

Na sequência do ranking, veio a Infanto-Juvenil, com 24.040 unidades, representando um crescimento de 82,6% na comparação com o mesmo mês de 2018 (13.166 unidades), e de 28,1% em relação a setembro (18.772 unidades).

Com 920 unidades, a Estrada ocupou o quarto lugar no ranking. O volume representa aumento de 29% em relação a outubro do ano passado (713 unidades). Na comparação com setembro (1.039 unidades) foi registrada queda de 11,5%.

A categoria Elétrica, que passou a ser incluída no levantamento da Abraciclo este ano, ficou na quinta colocação com 439 unidades, aumento de 7,3% ante as 409 bicicletas registradas em setembro.

As posições foram mantidas no acumulado do ano. Com 379.081 unidades e 46,2% de participação no mercado, a Mountain Bike (MTB) foi a categoria mais produzida. Na sequência, vieram Urbana (310.010 unidades e 37,8% de participação), Infanto-Juvenil (120.841 unidades e 14,7%), Estrada (7.600 unidades e 0,9%) e Elétrica (2.508 unidades e 0,3%).

Confira a seguir as características básicas das bicicletas de cada categoria:

Infanto-Juvenil – bicicletas destinadas ao público de oito a 15 anos, nas quais o tamanho do aro varia entre 20, 24 e 26 polegadas.

Urbana/Recreacional – caracterizada pelas bicicletas projetadas para mobilidade urbana ou recreação fora da terra. Para isso, oferecem maior conforto, com posição de pedalar mais confortável, amortecimento frontal ou não, pneus slick (com banda lisa) e semi-slick (banda com cravos bem baixos ou desenhos), para-lamas ou não e luzes de segurança.

Mountain Bike (MTB) – bicicletas destinadas ao público adulto, geralmente com aros de 26 a 29 polegadas, quadros full-suspension e/ou amortecimento frontal. Ideais para o uso em trilhas e terrenos acidentados.

Estrada – bicicletas com aro de 700 milímetros, pneus estreitos slick e quadro e garfo sem amortecimento. Destinadas às modalidades de performance no asfalto.

Elétrica – inclui bicicletas com aros de 20 até 29 polegadas, de uso urbano/recreacional e Mountain Bike (MTB), que atendem às determinações da Resolução nº 465/2013 do Conselho Nacional de Trânsito – Contran, a saber: potência máxima de 350 watts, funcionamento do motor somente quando o condutor pedala (tipo Pedelec), não dispõem de acelerador ou de qualquer outro dispositivo de variação manual de potência e têm velocidade máxima de 25 km/h, com corte do funcionamento do motor a partir desta aceleração.

A região que recebeu o maior volume de bicicletas produzidas no PIM foi a Sudeste, com 56,9% de participação. Na sequência, vieram Sul (17,9%), Nordeste (12%), Norte (7,9%) e Centro-Oeste (5,4%).

Sense eBrezze / Divulgação

IMPORTAÇÃO E EXPORTAÇÃO

Segundo dados do portal de estatísticas de comércio exterior Comex Stat analisados pela Abraciclo, foram importadas 9.392 bicicletas em outubro em todo o território nacional. A maioria delas foi produzida na China (6.529 unidades e 69,5% de participação). Taiwan ficou com o segundo lugar (1.538 unidades e 16,4%) e Camboja (933 unidades e 9,9%), com a terceira posição.

De janeiro a outubro, a importação de bicicletas atingiu 53.009 unidades, correspondendo a uma queda de 43,9% na comparação com o mesmo período do ano passado (94.492 unidades). A China também é líder nesse ranking (38.085 unidades e 71,8% de participação), seguida por Taiwan (8.669 unidades e 16,4%) e Portugal (2.211 unidades e 4,2%).

A Abraciclo também analisa os dados do portal Comex Stat referentes às exportações de bicicletas do Brasil. Em outubro, de acordo com esta análise, foram exportadas 460 unidades. O Paraguai foi o principal destino, com 370 unidades e 80,4% de participação. Em segundo lugar, ficou a Argentina (90 unidades e 19,6%).

No acumulado do ano, as exportações atingiram 10.638 unidades, significando uma alta de 6,6% na comparação com o mesmo período de 2018 (9.982 unidades). A Argentina representou o maior parceiro comercial com 3.868 unidades e 36,4% de participação. Na sequência, vieram Chile (2.679 unidades e 25,2%) e Paraguai (2.309 unidades e 21,7%).

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