Antidoping: Corticoide passa a ser substância proibida em janeiro do próximo ano
A Diretoria do Movimento por Um Ciclismo Credível (MPCC) se reuniu na última quarta-feira, 13 de outubro, em Paris. Esta reunião, que ocorreu na véspera da apresentação do Tour de France, marca o retorno de uma tradição pré-pandêmica.
O MPCC elogia os seus associados pelo empenho que têm demonstrado de forma voluntária e quer destacar o fato de o movimento já representar 68% do pelotão profissional.
Depois de uma luta de 14 anos, o MPCC observou a reviravolta na política em relação aos corticosteroides (Corticoide). A Agência Mundial Antidoping (WADA) agora considera que o uso desta substância melhora o desempenho. Os médicos da equipe informaram ao movimento sobre as novas regras estabelecidas pela WADA, informando que o uso de corticosteroides por via injetável e via oral será agora proibido. Estas regras entrarão em vigor a partir de 1 de janeiro de 2022.
O movimento deseja acompanhar o cumprimento dessas novas regras e suspenderá seus próprios testes de níveis de cortisol em 2022. Será feito uma primeira atualização sobre essa situação na próxima reunião de diretoria. A MPCC expressa o desejo, neste e em outros tópicos, de estabelecer um relacionamento duradouro com o International Testing Anti-Doping (ITA), responsável pelo programa antidoping da WADA há um ano.
Com base nas informações de monitoramento fornecidas pela WADA, o MPCC soube que o uso de tramadol diminuiu significativamente nos últimos 4 anos, a ponto de quase se tornar irrelevante. O movimento saúda a evolução do combate ao uso excessivo do tramadol, causa liderada pelo MPCC desde 2012 e que resultou neste desfecho. A MPCC também monitorará de perto os usos desviantes da codeína e da cafeína, pois podem levar a sérios problemas de saúde e ética.
Sobre o tema cetonas, o MPCC nota que a UCI está seguindo a posição que o movimento assumiu em 2019 e recomenda não usar essa substância. O movimento também saúda o estudo científico que a federação internacional encomendou sobre as cetonas. Enquanto é aguardado os resultados deste estudo, o movimento solicita formalmente que seus ciclistas e membros sigam a recomendação da UCI.
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