Brasil Ride realiza prova de ciclismo entre Pardinho e Botucatu, sob rígido protocolo de segurança
A sétima edição da Road Brasil Ride, premiada prova de ciclismo de estrada e eleita uma das dez melhores do gênero na América do Sul, foi realizada neste domingo (8) em Pardinho, na região da Cuesta Paulista. Enquanto na distância mais desafiadora, a 100k, os campeões foram os ciclistas Guilherme Couto (GRC Construtora) e Marcella Toldi (4Fun Bike Center/Specialized Brasil), na 70k levaram a melhor os atletas Victor Fusi (Ciclismo São Carlos) e Viviane Lourenço (Alta Performance Ciclismo). Esta foi a primeira prova da Brasil Ride depois do início da pandemia da Covid-19 e todos os participantes cumpriram um rigoroso protocolo de segurança.
Guilherme Couto foi o primeiro ciclista a cruzar a linha de chegada do 100k, com o tempo de 2h37min09. Logo em seguida, pouco mais de um minuto depois do campeão, Vitor Teixeira (São José Ciclismo/Bike Padrão) e Douglas Amaral (Escalera) completaram a prova, fechando o top 3 do masculino, com os tempos de 2h38min19 e 2h38min33, respectivamente.
Natural de Pouso Alegre, no Sul de Minas Gerais, Guilherme Couto fez neste ano a sua estreia na Road Brasil Ride. Há pouco mais de um ano e meio, o jovem de 26 anos começou a pedalar com seu pai apenas com o intuito de fazer mais um treinamento aeróbico. Após tomar gosto pelo esporte, começou a treinar com maior frequência, passando a treinar com planilha específica para o ciclismo
"Como a prova começa logo no pé da Serra, nos primeiros quilômetros eu e mais um atleta conseguimos fazer uma fuga. Fomos juntos escapados até o momento em que faltavam cerca de dez quilômetros para o fim. Nisso, senti que ele estava um pouco cansado e ataquei em uma serrinha, para garantir a vitória", relatou Guilherme. "Estou muito feliz com essa conquista. Confesso que para mim ainda não caiu a ficha do quão importante foi essa vitória, em um evento tão bem organizado e de ótima estrutura como a Road Brasil Ride", complementou.
Os 100 km feminino - Entre as mulheres, a ciclista mais rápida a completar o 100k foi a paulista Marcella Toldi. Mati, como é conhecida, completou o percurso em 2h53min19, exatos dez minutos à frente da vice-campeã, Cristiane Silva (Alta Performance Ciclismo), com o tempo de 3h03min21. Em terceiro lugar ficou Erika Soares (LuluFive Team), completando o top 3 do geral feminino.
"Nunca tinha competido na Road Brasil Ride e as pessoas com que eu falei me avisaram da dificuldade, principalmente pela serra logo depois da largada. Ou seja, me aconselharam a não fazer força demais na largada porque eu pagaria a conta depois. Não ouvi os conselhos e ainda levei a Maira, da LuluFive, junto comigo e saímos bem forte. No fim da serra, dei uma afogada e o pelotão chegou mais perto", disse Mati, ciclista de 36 anos.
"A Cris Silva chegou a me passar, mas soube respeitar o momento. Passando no meio de Pardinho, veio um pelotão forte e ela não conseguiu acompanhar. Me segurei com todas as forças e foi como falaram, um monte de subidas duras, uma atrás da outra. Cheguei na linha de chegada acabada. No limite do limite. Estava muito quente, a prova foi super organizada. Errei a estratégia e dei bastante sorte. Daqui duas semanas, estou de volta para o Warm Up do Festival Brasil Ride", concluiu.
Top 3 nos 70k - No percurso mais curto, o de 70 km, as vitórias foram de Victor Fusi e Viviane Lourenço, que cruzaram a linha de chegada com os tempos de 1h57min06 e 2h14min57. Entre os homens, o top 3 teve ainda os ciclistas Márcio Paes (1h58min22) e Marcelo Walton (2h04min39). Já entre as mulheres, completaram o pódio Maria Beatriz Moraes (2h28min39) e Gabrielle Autran (2h28min41).
Organização satisfeita - O fundador da Brasil Ride, Mario Roma, fez seu resumo sobre o dia que marcou a volta do Tour Bike. "Estou feliz de ver novamente as pessoas juntas, respeitando as regras de segurança. Muito bom sentir o sorriso de todos os atletas, mesmo por trás das máscaras. O sorriso não está mais só na boca, mas também está expresso nos olhares das pessoas após a realização da Road Brasil Ride", disse Mario Roma.
Cuidados de biossegurança - Diversas foram as regras definidas pela organização, em parceria com as prefeituras locais, pensando na segurança dos participantes para a realização dos eventos. Todos os competidores e estafes utilizaram máscaras como equipamento obrigatório. A arena foi montada pensando em evitar aglomerações, sendo mantido o distanciamento mínimo de 1,5 m entre as pessoas. E, excepcionalmente neste ano, não houve nem área de alimentação, nem de expositores.
A entrega de kit foi realizada em dois dias, no Hotel RodoServ Stop. Todos atletas tiveram que preencher um questionário médico sobre a Covid-19. As largadas foram em ondas, disponibilização de água, sabão e álcool em gel para a higienização das mãos, inexistência de guarda-volumes, hidratação com galão d'água servido por estafe devidamente paramentado com EPIs, foram algumas das regras definidas pela organização.
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