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Desafios de longa duração e distância como treino por Emilia Bugarin


Emilia sorrindo durante a subida / Rodrigo Molina

Grandes projetos a caminho, então escolhi uma forma diferente de me preparar e encarar os treinos: desafios! Por que não, né?!


Realizando os desafios encontro uma maneira estruturada de seguir aprimorando os procedimentos, habilidades e técnicas, buscando situações e condições que se aproximam daquelas que ocorrerão nas conquistas das metas na execução dos projetos que estão por vir.

Nas últimas semanas, estruturei um desafio distinto dos outros que já havia realizado: convidei (na verdade desafiei) amigos para estarem comigo, e trouxe para mim uma situação até então inédita, que foi usar mais de uma bike em um mesmo desafio de escalada.

Assim, no dia 16 de julho, estávamos todos num mesmo circuito, eu realizando o Desafio 12 horas e os amigos desafiados realizando o Desafio Escalada Boomerang na Caixa D´água no Rio de Janeiro.

Emiliz contou com suporte de vários amigos com Dani Genovesi no início do Desafio 12h / @m_mirandaphoto - Planeta da Bike

O desafio para todos consistia em escalar o mesmo pico CxDagua pelas suas duas principais faces: uma saindo do Horto no Jardim Botânico e outra vindo dos trilhos do bondinho em Santa Thereza.


A ideia de criar o Desafio Escalada Boomerang para os amigos surgiu no final de semana anterior a realização quando encontrei alguns amigos que me viram fazendo o treino de + de 3.000m de escalada e comentaram: : “me chama na próxima”. Mal sabiam eles que seria na semana seguinte. (kkkk).


Suporte montado no Postinho do Alto / @m_mirandaphoto - Planeta da Bike

Assim que estruturei a ideia base de estender o desafio avisei a turma que curte uma longa distância e a região do Sumaré: os amigos do Cascalho Carioca. Alguns amigos viabilizaram alguns brindes de suas empresas e com isso fechei a ideia da premiação para os mais rápidos e os com mais voltas, e assim estruturei o cenário do desafio, a estratégia final, as regras e convidei a turma nos grupos de zap e rede social. Foi demais! Amei ter essa turma pedalando por lá.


Já o meu Desafio 12 horas, consistia em pedalar por este tempo, treinando estratégias de troca de equipamentos, testando e analisando como responderiam a um cenário de ultra distância e escalada. A Speed já é velha de guerra, mas a Gravel e a MTB, ambas de alumínio, com seus 13 kg e 15 kg, eram as novidades na realização deste desafio. A Gravel com 9V, pedivela recentemente trocado para um 46/30, cassete 11/40 e pneu para cascalho de 38mm. A MTB de 12v, pedivela 34, cassete 11/50 e pneu para trilha 26x2.1.


Emilia pedalando no início da manhã / @m_mirandaphoto - Planeta da Bike

A Gravel pelo peso associado à sua geometria, para esse tipo de desafio por horas, se mostrou muito desgastante para meu biotipo e metas futuras, e precisarei repensar como utilizá-la em projetos futuros que envolvam muitas escaladas. A MTB por outro lado, apesar de mais adequada às escaladas, se mostrou pouco responsiva para os desafios do tipo estradão misto cascalho e pavimentado em que a Speed sofre mais desgaste sendo provável a escolha da Gravel.


Um detalhe que impactou bastante o desempenho geral planejado para o desafio foi a sapatilha de MTB, que eu ainda não havia testado em pedal de longa duração e contínuo. O taco estava em uma posição inadequada para ultra e os meus dedos adormeceram, então precisei parar mais vezes do que havia planejado e a última volta foi bastante sofrida.


Emilia durante uma das subidas durante as 12h /@m_mirandaphoto - Planeta da Bike

A mudança nos planos de tempo de realização das voltas por conta das dores e diversas paradas, somadas a falta de um apoio móvel e a ausência de sinal de celular em vários trechos dos 50 km de cada loop, comprometeram também o quesito alimentação nas 12 horas. Com uma estrutura de apoio fixa e limitada (contava apenas com um recurso) tendo que gerenciar troca de bikes, roupas e reabastecimento, eu precisaria ter dedicado mais atenção a alguns itens da alimentação, semelhante ao que pratico quando faço desafios de forma autossuficiente.


Desafios conquistados, fica a certeza de que realizar treinos como este é uma forma de preparação que traz conhecimento e aprendizados importantes para montar planos de sucesso para os meus projetos futuros de ultra distância e escalada.


Beijo grande e em breve conto mais. Por Emilia Bugarin ( @emiliabugarin )

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