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Estudo da Aliança Bike indica crescimento de 28,4% em 2020 no setor de e-bikes e gera 190 milhões


Lev Cruiser / Divulgação

As bicicletas elétricas seguem vivendo um crescimento contínuo no mercado brasileiro. Seguindo a tendência registrada entre 2016 e 2019, em 2020 mais uma vez o segmento continuou crescendo: foram 32.110 unidades, crescimento de 28,4% em comparação com o ano anterior e alcançando o patamar de R$ 190 milhões em vendas durante o ano. Os dados são do Boletim do Mercado de Bicicletas Elétricas 2021, idealizado e desenvolvido pela Aliança Bike (Associação Brasileira do Setor de Bicicletas), em parceria com a Multiplicidade Mobilidade.

O cálculo foi feito com o cruzamento da base de dados de três fontes distintas: a base Siscori, da Receita Federal; de associados da Aliança Bike; e de informativos mensais da Abraciclo (Associação Brasileira dos Fabricantes de Motocicletas, Ciclomotores, Motonetas, Bicicletas e Similares) sobre a produção no Polo Industrial de Manaus. Desta forma, o número total foi de 32.110 bicicletas elétricas no país, sendo 14.247 importadas (base Siscori), 13.163 produzidas fora do Polo Industrial de Manaus (dados Aliança Bike) e 4.700 produzidas em Manaus (dados Abraciclo).

O Boletim lançado nesta segunda-feira (26/04) conta com dados dos outros anos consolidadas na Revista Bicicletas Elétricas, lançada em setembro de 2020, acrescidos das informações coletadas em todo o ano passado e em janeiro, fevereiro e março de 2021. O Boletim completo pode ser visto neste link.

“Os dados de 2020 confirmam que o crescimento do mercado de bicicletas elétricas é sustentado e puxado pela demanda orgânica de mudanças nos hábitos de locomoção, de prática esportiva e de lazer da população. Contudo, são números ainda muito distantes do potencial deste mercado que, infelizmente, segue represado pela falta de políticas e de tratamento tributário adequado”, explica Daniel Guth, diretor executivo da Aliança Bike.

Turbo Creo é o modelo de estrada da Specialized / Divulgção

Em relação às vendas, o Boletim do Mercado de Bicicletas Elétricas 2021 aponta para uma movimentação recorde de aproximadamente R$ 190 milhões em 2020. O número é uma estimativa para todo o setor de bicicletas elétricas realizado a partir do levantamento com 18 montadoras e importadoras de bicicletas elétricas associadas à Aliança Bike. O preço médio das bicicletas elétricas foi calculado em R$ 5.900,00.

"Realizamos um levantamento sobre o uso das bikes elétricas em nosso sistema e percebemos um aumento de 112% da primeira para a segunda semana da inauguração, em outubro de 2020 e, comparando as duas primeiras com as duas últimas semanas (final de outubro), o crescimento foi de mais 49%. Seis meses após o lançamento, já somamos mais de 380 mil viagens", ressalta Tomás Martins, CEO e co-fundador da Tembici, empresa associada Aliança Bike e responsável por sistemas de bicicletas compartilhadas em diversas cidades do país.

Em setembro de 2020, quando a Revista Bicicletas Elétricas foi lançada, a projeção era de que o número de bicicletas elétricas no Brasil seria de 32 mil. Assim, a previsão foi acertada com margem de 0,3%.


Para este ano, a expectativa de mercado continua positiva. É importante, porém, colocar as projeções em perspectiva: embora o mercado brasileiro de bicicletas esteja em um excelente momento, tendo crescido 50% em vendas em 2020, desde agosto do ano passado o país passa por um desabastecimento de componentes.

Este fato ocorre especialmente porque o mercado nacional, assim como boa parte do mundo, é dependente das importações vindas da Ásia – que passou por um momento de falta de matéria-prima devido à alta nas vendas em todo o mundo.

Ainda assim, a perspectiva para 2021 é de um crescimento da ordem de 23%, no cenário mais conservador, alcançando 39.500 unidades de bicicletas elétricas no país. No cenário otimista, o crescimento será de 34%, atingindo 43 mil unidades até o final de 2021.

Série histórica das bicicletas elétricas no Brasil

Entre 2016 e 2019 as bicicletas elétricas já estavam em crescimento sustentado: no período citado, o crescimento médio foi de 34% ao ano. Já considerando os dados do Boletim recém lançado, os números desde 2016 são os seguintes:

2016: 7.600 bicicletas elétricas

2017: 7.200 bicicletas elétricas 2018: 22.500 bicicletas elétricas 2019: 25.000 bicicletas elétricas 2020: 32.110 bicicletas elétricas

Mesmo com o mercado em crescimento, um dos principais entraves para o avanço é a carga tributária. De acordo com o levantamento apresentado na Revista Bicicletas Elétricas de 2020, 90% dos ciclistas que utilizam o veículo acreditam que o preço mais acessível faria com que mais pessoas comprassem bicicletas elétricas.

Na parte fiscal, as bikes elétricas são equiparadas aos ciclomotores e não às bicicletas convencionais. Ao todo, os impostos relacionados a este meio de transporte alcançam 85% do custo.

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