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Fundador da Brasil Ride pedalou 300km no tradicional Caminho da Fé


Pausa para foto no Caminho de Pedrinhas (Fabio Piva / Brasil Ride)

Desafiado pelo holandês Hans Becking, tricampeão da Brasil Ride, na Bahia, Mario Roma convocou três de seus "parceiros" para fazerem o apoio: o chefe de percurso, o Rafael Amadi, que pilotou o tempo todo; o diretor de fotografia, Fabio Piva, que não perdeu um registro sequer; e o jornalista Gustavo Coelho, para coordenar alimentação e hidratação, e manter a família Roma e os seguidores bem informados nas redes sociais.


Quarteto da viagem em Aparecida (Ney Evangelista / Brasil Ride)

O horário de saída, 18h da quinta-feira (2). Em 5h30, Mario já havia pedalado 100 km. Passadas outras 7h30, ou seja, 13h no total, às 7h da manhã do dia seguinte, já havia completado 200 km. Até aquele o momento, o que mais chamou atenção dos integrantes do carro de apoio era a quantidade de subidas fortes que Mario havia enfrentado.


O dia amanheceu e o cansaço bateu em quem fazia o apoio, tornando o trio mais calado e pensativo no carro, contrastando com a disposição de Mario. Estava feliz e sorridente, como quem sabia que chegaria no objetivo final, sem importar o tempo. Aí, o apoio conseguiu até parar algumas vezes, registrar fotos e vídeos de locais lindos da região que divide Minas Gerais e São Paulo.


Faltava, porém, mais 100 km e a parte mais difícil do trajeto, vencer a Serra de Luminosa, em Brasópolis (MG), até Campos do Jordão (SP). Quer entender o quão difícil é? Brasópolis está a cerca de 800 m de altitude. E Campos do Jordão, por volta de 1.600. Mario superou o trecho em 3h30, após mais de 220 km pedalados.

Carro de apoio acompanha Mario Roma (Fabio Piva / Brasil Ride)

Ao chegar no centro de Campos do Jordão, às 11h30 de sexta (3), pausa para um cafezinho. Atingido o topo da última subida, antes de descer para Aparecida, percebemos que por um descuido havíamos pausado o Garmin em Campos do Jordão e, por não reiniciar a contagem, perdemos assim alguns preciosos quilômetros na marcação, cerca de 40 km e 500 m de altimetria acumulada.


Mario e as Specialzied Epic e Diverge (Fabio Piva / Brasil Ride)

Dali em diante, só descida em uma estrada de terra bastante difícil para quem estava no carro, no Caminho de Pedrinhas, porém muito tranquila para Mario e sua Specialized Epic. Chegando ao último trecho onde asfalto e estrada de terra se encontram, foi a hora de Mario curtir sua Specialized Diverge pelos quilômetros finais, comemorando com cerveja e amendoim em frente à Catedral Basílica de Nossa Senhora de Aparecida às 15 horas e 41 minutos, com total de 18h55 em cima da bike. Foram pouco mais de 21h30 ao todo no percurso, cerca de 12.000 calorias gastas pelo fundador da Brasil Ride e esperança e fé renovadas pelos quatro, que aguardam os próximos desafios, ansiosos pela volta dos eventos esportivos.


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