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Movimento Por um Ciclismo Crédulo (MPCC) observou redução no número de casos de doping e fraude esportiva no ciclismo em comparação com 2023


No final de 2024, o Movimento Por um Ciclismo Crédulo (MPCC) observou uma redução no número de casos de doping e fraude esportiva no ciclismo em comparação com 2023. Além desses dados específicos da modalidade, o movimento também reflete sobre a eficácia da luta contra o doping em outros esportes e os casos que comprometeram a credibilidade de algumas entidades dedicadas a esse combate.


Há 17 anos, o MPCC tem se empenhado na construção de um ciclismo íntegro, sempre ressaltando sua responsabilidade para com todos os envolvidos no esporte, incluindo ciclistas, representantes, dirigentes, equipes de apoio e organizadores. Embora a situação tenha melhorado nos últimos quinze anos, o movimento mantém sua postura cautelosa, lembrando que a luta contra o doping deve ser contínua para garantir a sobrevivência do esporte. Com a crescente profissionalização das equipes e o avanço dos métodos de treinamento, os ciclistas estão sendo levados ao limite, e alguns relatam que a modalidade evoluiu significativamente desde o início de suas carreiras.


Esse cenário indica que o ciclismo continua amadurecendo e se modernizando sem perder sua essência, permanecendo próximo de seus torcedores e acessível a todos. No entanto, algumas performances extraordinárias reacenderam a desconfiança de parte do público. Atento a essa questão, o MPCC alertou a comunidade ciclística em meados de 2024 sobre o uso indevido de substâncias como o Tapentadol, mais potente que o Tramadol e proibido pela WADA, além de métodos de aprimoramento de desempenho, como a inalação de monóxido de carbono. Tais práticas revelam a mentalidade de que "tudo que não é proibido é permitido", minando a credibilidade dos atletas e do esporte.


Diante dessas ameaças, o MPCC defende a definição de limites mais claros. Desde 2019, em conjunto com a UCI, o movimento desaconselha o uso de cetonas e aguarda os resultados de um estudo sobre seu impacto. Também aguarda uma posição firme da WADA sobre a inalação de monóxido de carbono, considerada uma prática perigosa que pode se enquadrar na categoria de "manipulação de sangue ou componentes sanguíneos". Em 19 de novembro de 2024, o MPCC solicitou formalmente à WADA a proibição imediata dessa prática, mas ainda não obteve resposta.


Em 2024, foram registrados 22 casos de doping e/ou fraudes esportivas no ciclismo profissional de estrada, pista, mountain bike, BMX e paraciclismo em nível internacional, uma redução em relação aos 28 casos de 2023. A maioria dos atletas envolvidos competia no nível continental, enquanto dois ciclistas pertenciam a equipes do World Tour associadas ao MPCC, que aplicaram rigorosamente sua principal regra: suspensão imediata do atleta ao primeiro resultado positivo.


Contudo, o MPCC lamenta que equipes não associadas tenham adotado posturas menos rígidas, permitindo o rápido retorno de atletas suspensos às competições. Isso demonstra uma falta de comprometimento com a luta contra o doping. A análise dos dados recentes reforça a necessidade de um posicionamento firme não apenas no ciclismo, mas no esporte em geral. O ciclismo é apenas o nono esporte mais afetado pelo doping, ficando atrás do atletismo (172 casos), levantamento de peso (92 casos) e outras modalidades. As artes marciais mistas, por exemplo, registraram um aumento no número de infrações, possivelmente devido à legalização da modalidade na França e à ampliação dos controles.


O relatório de 2024 também destaca os escândalos no tênis, com casos envolvendo Jannik Sinner, que testou positivo para Clostebol e foi posteriormente absolvido pela ITIA, e Iga Swiatek, que recebeu um mês de suspensão por contaminação com Trimetazidina. A WADA já anunciou que recorrerá da decisão no caso Sinner, com audiência marcada para abril no Tribunal Arbitral do Esporte.


A luta global contra o doping enfrenta desafios significativos, agravados por questionamentos sobre a credibilidade da WADA e a recusa do Escritório de Política Nacional de Controle de Drogas (ONDCP) dos EUA em financiar sua contribuição para 2025. Além disso, o escândalo dos nadadores chineses, ocultado por três anos, e a necessidade de adaptar legislações nacionais ao Código Mundial Antidoping colocam em risco a participação de atletas em competições internacionais.


Esses desafios evidenciam a complexidade da luta contra o doping, que exige recursos financeiros expressivos e o comprometimento conjunto de associações esportivas, atletas, federações e organizadores de eventos. A postura deve ser intransigente com os infratores, pois a credibilidade do esporte depende disso. Por essas razões, o MPCC reforça seu apelo para que todos se tornem "ativos na luta contra o doping", garantindo um futuro mais justo e transparente para o ciclismo e o esporte em geral.

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