Pandemia gerou mais de 14 mil empregos diretos no Brasil, em lojas de bicicletas

Um novo estudo desenvolvido pela Aliança Bike e Labmob/UFRJ reforça o papel das bicicletas do país. Com dados atualizados sobre a venda de bicicletas no varejo nacional, a publicação coloca uma lupa no setor: são quase 9 mil lojas especializadas e mais de 14 mil empregos formais diretos gerados. Estes e outros números estão presentes na Revista Comércio Varejista de Bicicletas, da série Mercado de Bicicletas no Brasil.
Esta nova publicação já está disponível ao público. O lançamento oficial, porém, acontecerá em um seminário totalmente online, no dia 20 de janeiro, a partir das 10h. Para participar do evento de lançamento é necessário se inscrever neste link.
A Revista Comércio Varejista de Bicicletas pode ser baixada por este link.
“Uma das principais virtudes desta Revista é poder auxiliar lojistas em seus planos de negócios, esmiuçando a realidade a partir dos dados das inúmeras pesquisas apresentadas. O resultado é um panorama inédito e rico para quem atua no segmento ou quer se aprofundar no tema. Inclusive com destaque para os estudos de caso com lojas tão distintas e as tendências do comércio eletrônico”, comenta Daniel Guth, diretor executivo da Aliança Bike.
Com informações pertinentes sobre o mercado de bicicletas no Brasil, que mostram um raio-X bastante completo do setor, a publicação contempla seis aspectos principais:
1. Os dados atualizados (RAIS) sobre o comércio varejista de bicicletas e componentes no Brasil;
2. Perfil dos empregados no setor varejista de bicicletas;
3. Survey com centenas de lojistas aprofundando as características sobre as lojas de bicicletas;
4. Estudos de caso com 3 lojas e diferentes modelos de negócios;
5. Análise inédita sobre comércio virtual (e-commerce) em plataforma de marketplace;
6. Tendências observadas com base na série histórica dos dados do comércio varejista.

De acordo com o levantamento, 39% dos municípios brasileiros possuem ao menos um comércio de bicicletas. Ao dissecar esses números, é possível observar que a região Sudeste concentra a maior parte do comércio, com 42% das lojas de bicicletas. Enquanto isso, são 25% no Nordeste, 16% no Sul, 10% no Centro-Oeste; e 7% no Norte do país.
É também no Sudeste onde está a maior concentração de geração de empregos formais diretos. Entre o total de 14.147 do país, a região acumula 44% (6.253), seguida do Nordeste, com 25% (3.540).
Além disso, a publicação indica que São Paulo é o estado onde estão concentrados 22% de todos os estabelecimentos de comércio varejista de bicicletas, seguido por MG (12%) e PR (6,6%).
Já em se tratando de perfis de negócios, através das pesquisas foi constatado também que os estabelecimentos varejistas de bicicleta, em 91% dos casos são microempresas com até 4 funcionários. Dentro disso, quase metade deste total é composta por empreendimentos sem nenhum funcionário – apenas com o/a proprietário/a trabalhando.
A Revista desenvolvida pela Aliança Bike e Labmob/UFRJ ainda traz uma pesquisa, realizada com centenas de lojistas de todo o país. Nessa pesquisa, foi possível observar que quase 30% das lojas de bicicletas têm faturamento de até 200 mil reais por ano, enquanto uma fatia de 14% dos negócios fatura acima dos 2 milhões de reais anualmente.
O faturamento médio dessas empresas, de acordo com a pesquisa, é composto por bicicletas inteiras, que representam 50% do montante, 20% de venda de componentes, 20% de acessórios e 10% correspondem aos serviços de mecânica.
Com uma média de 200 unidades de bicicletas vendidas por ano, 1/3 das lojas comercializam modelos que variam entre R$200 e R$2.000 - 95% delas comercializam mountain bikes; 83% bicicletas urbanas; 82% bicicletas de estrada (road/speed); 81% infantis; e 53% já comercializam bicicletas elétricas.
A pesquisa também ajuda a entender de onde vem o faturamento a partir das plataformas de marketplace utilizadas pelos lojistas que têm vendas online. Com grande diferença, o Mercado Livre é utilizado por 77% dos lojistas que fazem uso de marketplace – mais abaixo é possível conferir uma análise mais aprofundada sobre essa plataforma -, enquanto o Facebook concentra 37,5%. A lista segue com Lojas Americanas (31%), Submarino (25%), OLX (23%) e Via Varejo (14,5%).
Considerando apenas trabalhadores com vínculos ativos, em 2018 o salário mensal médio foi de R$ 1.373,06 naquele ano, o que representa aproximadamente 43% acima do salário mínimo do mesmo período. Em quatro anos de análise, entre 2014 e 2018, o aumento da massa salarial seguiu uma tendência similar ao salário mensal médio, atingindo um valor maior do que R$ 231,6 milhões em 2018.
