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Serviço de mecânica cresce 30% nas lojas de bicicletas durante a pandemia


Bike esperando para entrar na oficina / Márcio de Miranda - Planeta da Bike

O mercado brasileiro de bicicletas está em tendência de alta, afinal desde o mês de maio de 2020 o segmento vem apresentando indicadores positivos. Novos dados, apresentados na última segunda-feira (08/11) pela Aliança Bike (Associação Brasileira do Setor de Bicicletas), apontam que o bom momento não se refere apenas a vendas de produtos: serviços mecânicos e de reparação já somam 27,8% do faturamento de uma loja de bicicletas – um aumento de 30% em relação ao ano anterior.

Os dados são da Pesquisa Anual de Comércio Varejista de Bicicletas, lançada nesta semana juntamente do Boletim Técnico Comércio Varejista de Bicicletas. As duas edições foram produzidas pela Aliança Bike com o apoio do Itaú.


“Os dados do Boletim Técnico e da Pesquisa Anual consolidam uma série histórica importante para o mercado compreender a realidade das lojas e acompanhar as tendências”, comenta Daniel Guth, diretor executivo da Aliança Bike.


Supersix Evo antes e depois do serviço na oficina

A Pesquisa 2021 foi realizada com 183 lojistas, de 20 estados diferentes do Brasil. Os dados coletados mostram outras tendêcias importantes, além do incremento do faturamento vindo de serviços mecânicos – que pode ser explicado, em parte, pelo maior número de bicicletas nas ruas. As vendas cresceram 34% no primeiro semestre de 2021 em relação ao mesmo período do ano passado.

Além da manutenção, outro serviço trouxe acréscimo no faturamento das lojas: o bike fit. Técnica utilizada por profissionais para ajustar a bicicleta para o ciclista, ela representa, em média, 10% do valor nas lojas que têm esse serviço.

Se por um lado os serviços mecânicos cresceram 30%, houve uma queda de 11% na participação da venda de bicicletas inteiras no faturamento das lojas – em 2021 elas representam 42,5% do total.

Também houve um acréscimo na comercialização de acessórios (mais 1,7%, representando 23,45% do total) e de componentes (crescimento de 3,4%, alcançando 25,58% do total).

De acordo com as lojas da Pesquisa Anual, quase 85% delas venderam até 500 bicicletas no ano passado, sendo que 44% comercializaram entre 101 e 500 unidades e 7% ultrapassaram mais de 1 mil unidades.

A Pesquisa também trouxe dados importantes quanto ao faturamento anual das lojas brasileiras de bicicleta. 54% têm faturamento entre R$ 101 mil e R$ 1 milhão e 7% têm faturamento superior a 4,1 milhões de reais. Quase um quarto é de microempreendimentos com faturamento de até R$ 100 mil por ano.

Regulando a bike na oficina

Outro dado interessante: existe uma curva acentuada de crescimento do faturamento com o passar dos anos. Comércios com faturamento de até R$ 100 mil por ano têm idade média de funcionamento de quase 8 anos, enquanto os com faturamento acima de R$ 5,1 milhões têm acima de 22 anos.

Tomando como base os dados da Pesquisa Anual de Comércio Varejista 2021, é possível formar um perfil típico de uma loja de bicicletas no Brasil:

- Loja com 4 funcionários, com faturamento anual médio entre R$ 501 mil e R$ 1 milhão e no mercado há 10 anos.

Em relação aos modelos comercializados, fica clara mais uma vez a preferência pelas mountain bikes no Brasil: ela está presente em 98% dos comércios especializados em bikes. Além disso, as MTB’s também representam a maior participação no volume de vendas.

O grande destaque, porém, são as elétricas. De 2018 até 2021, o crescimento de lojas que passaram a vender modelos elétricos foi de 150%. Atualmente, metade das lojas no Brasil já trabalha com algum modelo de bike elétrica.

Outra tendência muito clara são as bicicletas modelo gravel, que nas pesquisas anteriores não foram incluídas: elas já estão presentes em 35% das lojas. Outro indicador interessante é que 38% já trabalham com modelos infantis do tipo “balance bike” (bicicleta de equilíbrio).

Como a pesquisa de vendas do primeiro semestre já havia apontado, as bicicletas chamadas de entrada são maioria: 61% das bikes vendidas têm valor de até R$ 3 mil. As que custam acima de R$ 10 mil representam 5% das vendas.

Mais um dado relevante da Pesquisa é uma tendência que pode ter sido acelerada pela pandemia. O comércio eletrônico de bicicletas e componentes cresceu 11 pontos percentuais de 2020 para 2021, sendo uma prática já presente em 51% das lojas brasileiras.

Dentre as modalidades de comércio eletrônico, 38,2% se utilizam apenas das plataformas de marketplace, enquanto 30,9% utilizam apenas website próprio para as vendas online. Outros 30,9% combinam tanto site próprio quanto anúncios e vendas através de marketplace.

A plataforma mais utilizada, com grande diferença, é o Mercado Livre, com 71,4%. A lista segue com OLX e Magazine Luiza (20,4%), Instagram/Facebook (16,3%), Americanas (12,2%). Logo abaixo, com o mesmo percentual do Submarino, está a Semexe, marketplace especializado em bicicletas que apareceu pela primeira vez na Pesquisa Anual da Aliança Bike.

Das mais de 180 lojas que responderam à pesquisa, 63% acreditam que terão um 2021 com faturamento superior a 2020, enquanto que apenas 16% dos respondentes acreditam que o faturamento deve ser inferior. É bom lembrar: 2020 teve um crescimento de 50% em vendas de bicicletas em relação a 2019.

Perguntados sobre as medidas que fariam com que mais pessoas utilizassem a bicicleta, a redução da carga tributária, mais uma vez, foi a resposta com o maior número de indicações de prioridade: 66% dos respondentes indicaram que reduzir os impostos seria prioridade principal.

A Pesquisa Anual de Comércio Varejista de Bicicletas e o Boletim Técnico Comércio Varejista de Bicicletas estão neste link.

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