Mercado de e-Bikes em alta no Brasil
As bicicletas elétricas estão cada dia mais presentes em nossas cidades e este é um movimento que está ocorrendo no mundo todo. É um meio de transporte cada vez mais reconhecido, graças aos seus benefícios aos usuários, "O segmento das bicicletas elétricas é o que mais cresce dentro da nossa plataforma, apresentando-se como uma ótima solução de mobilidade urbana, promovendo mais acessibilidade" - explica Gabriel Novais da SeMexe, marketplace onde apaixonados por bike compram e vendem com total segurança. "Há modelos de e-bikes para uso na cidade e montanha" - acrescenta. Para quem ainda não conhece, as bicicletas elétricas são bikes dotadas de motor elétrico auxiliar, sem acelerador e funcionamento (da assistência do motor) somente quando o condutor pedalar. Por vezes são chamadas de “bicicletas de pedal assistido”, pedelec ou e-bike.
"As maravilhosas e-Bikes servem para subir bem e descer melhor. Inclusão com muita evolução e diversão, abrindo novos horizontes e “amplificando” nossos caminhos. As e-Bikes estão fazendo com os rolês, o mesmo que a guitarra elétrica fez para a música acústica... Amplificando GERAL!" - explica Luciano "Kdra" Lancelotti, que utiliza uma e-mountain bike nos seus cursos de pilotagem no Cantareira Bike School.
Nos próximos 10 anos as bicicletas elétricas deixarão de ser uma categoria especial para se tornar um tipo de produto-padrão, acessível a praticamente todos os usuários de bicicletas, conforme indica o relatório da consultoriaNavigant Research intitulado “Electric Bicycles”, publicado em 2016. Ainda de acordo com este relatório, em 2020, o número de bicicletas elétricas comercializadas mundialmente deve chegar a 38 milhões de unidades. No Brasil, o uso da bicicleta elétrica segue uma tendência mundial e o país registra igualmente um aumento na procura por esses modelos, já que seu consumo está ligado ao interesse da população em se locomover nas metrópoles de forma rápida, prática e eficiente.
Segundo um estudo feito com mais de 7 mil ciclistas pela ONG Transporte Ativo em parceria com a UFRJ sobre o perfil do ciclista em diversas cidades brasileiras, em média 38,4% dos entrevistados buscam a bicicleta como meio principal de transporte para obter maior rapidez e praticidade na locomoção. O mesmo estudo mostra que 55% dos entrevistados procura pelas bicicletas para percorrer distâncias curtas, entre 3 km a 8 km, ou um tempo médio que varia de 10 a 30 minutos. Um outro dado importante fornecido pelo estudo é a quantidade de vezes por semana as quais os consumidores utilizam a bicicleta como meio de transporte. O número de quem utiliza 7 vezes por semana é de 46,5%.
O potencial das bicicletas elétricas no mercado fica evidente, uma vez que é muito mais fácil percorrer distâncias maiores com bicicletas elétricas quando comparadas às bicicletas convencionais.
Um dos maiores desafios para a expansão das e-bikes no Brasil é carga tributária. Hoje o IPI (imposto sobre produtos industrializados) das bicicletas elétricas é de 35%, para as bicicletas à propulsão humana ele é de 10% ou, em alguns casos, de 0%. “Coordenamos um estudo econômico em parceria com a Sidera Consult, apontamos a necessidade e a expectativa de crescimento do mercado de bicicletas elétricas, e fizemos comparativos com o tratamento dado por outros países - não apenas ao setor de bicicletas elétricas, mas também com incentivos diretamente aos usuários. E decupamos as razões por que as bicicletas elétricas ainda são tão pouco acessíveis à população brasileira” – diz Daniel Guth, coordenador de projetos da Aliança Bike, que visualiza a expansão do mercado de e-bikes.
Uma das formas de fugir do preço final elevado das e-bikes novas é a busca por uma semi-nova na plataforma da Semexe, que oferece algumas opções para uso na cidade e montanha. Vai lá: www.semexe.com/bikes/eletrica/ E na hora de comprar uma bike elétrica usada é preciso ficar atento com alguns detalhes peculiares:
Vida útil da bateria (verificar data de fabricação);
Averiguar a condição do sistema de cabos, conduítes e o carregamento da bateria;
Consultar sobre as revisões realizadas e eventual atualização de softwares.
"Os ciclistas da Specialized tem o privilégio de contar com o App Mission Control, que faz um diagnóstico completo do motor, bateria e sistema de inteligência da bicicleta, apresentando em poucos passos, quilometragem, modelo de firmware instalado e ciclos de uso de cada um dos componentes. Ou seja, no caso de nossas e-Bikes, fica muito fácil verificar o nível de uso do produtos e todos seus componentes eletro/eletrônicos. Um diferencial, sem dúvida alguma, principalmente para o comprador de um produto usado" - explica Marcelo Catalan do Rider Care da Specialized Brasil. "Fora isto, nossos lojistas também estão dotados de uma ferramenta única: a Turbo Studio. Esta ferramenta não só, através da conexão com a bicicleta, apresenta e faz um diagnóstico completo da bicicleta, como também, tem a capacidade de em poucos minutos atualizar a bicicleta completa com os firmwares mais avançados disponíveis" - completa. Por fim, vale destacar outros sistemas bastante conhecidos entre os usuários de e-bikes: Shimano Steps e Bosch. Ambos oferecem manutenção simplificada e ampla rede de assistência, em que com poucos cliques na internet você consegue pesquisar a origem dos componentes e identificar eventuais necessidades de serviço. O fato é que a manutenção de uma e-bike, geralmente, é igual à de qualquer outra bicicleta. No entanto, a bateria é sensível à temperatura, então, armazene-a dentro de casa quando as temperaturas atingirem níveis extremos.
As e-bikes existem há muito mais tempo que você imagina. De acordo com a pesquisa da Aliança Bike, intitulada Análise e Projeções da demanda por bicicletas elétricas no Brasil, há relatos da primeira patente de uma bicicleta elétrica em 1895 de Ogdem Bolton Jr. quando ele inventou um modelo sem engrenagens e com um motor que alcançava 100 amperes de uma bateria de 10 volts. O fato é que o conceito e-bike existe mesmo antes dos automóveis serem produzidos em massa e somente nos últimos anos a tecnologia para as bicicletas elétricas avançou, proporcionando uma melhor experiência e desempenho para os usuários e a sua relativa popularização.
Conheça alguns modelos lendários:
Modelo Trucker (1946), provida de um motor de engrenagens internas que permitia com que as rodas ficassem livres para que o piloto pudesse escolher entre pedalar com ou sem a assistência do motor.
Modelo Panasonic (1975), a empresa japonesa passou a usar baterias de carros, feitas de chumbo- ácido, com 24V, em suas bicicletas elétricas.
Sanyo Enacle (1986), a empresa Sanyo avançou para baterias de níquel cádmio, que oferecia vida-útil mais longa, mas as baterias eram caras.